Tuesday 26 August 2008

Parríiiii!



Uma das versões d'O Beijo, de Rodin, esta em bronze, em frente ao Orangerie.


Em dias como hoje (que não foi tão legal para mim), o bom é fazer que nem a Maria recomenda em A Noviça Rebelde e pensar em My Favourite Things. A dica vale para qualquer pessoa, e geralmente funciona de fato. Problemas para dormir? Comece a pensar em coisas felizes! Imagine o seu futuro ideal, ou lembre-se de momentos alegres do passado. Para mim, pensar em comidas gostosas também ajuda. Mas enfim, o título deste post é por conta da viagem que fiz há cerca de um mês à Paris. Já virou memória que põe um sorriso na minha cara!

Depois de quase cinco anos vivendo no velho mundo, finalmente criei vergonha na cara e fui à cidade-luz. Não fui antes por uma série de circunstâncias que não precisam ser explicadas aqui. Mas a espera valeu a pena! Pelo menos para mim... cada um que vá lá e crie as suas próprias impressões. Tem gente, por exemplo, que acha que como a cidade tem uma aura romântica (e de fato tem), é o tipo da viagem que só se deve fazer a dois. Bem, é verdade que um casal pode aproveitar para passear nos Jardins de Luxemburgo, jantar em bons restaurantes de mãos dadas e coisas assim, mas ir só também pode ser muito divertido. No meu caso, eu até preferi ir assim porque pude fazer a minha própria programação e ver as coisas ao meu ritmo. Falar alguma coisa de francês também ajuda (e olhe que o meu estava enferrujado há uns seis anos!), já que lá tem muita gente que tem até raiva de quem chega falando inglês. Eu recomendo também um bom livro-guia com mapinha (na minha opinião os Lonely Planet são os melhores) para ajudar a fazer a programação. Outra dica é comprar um passe de museus. Ele está a venda em qualquer ponto de informação para turistas e dá direito a entrar nos principais sem ter de fazer fila para comprar o ingresso. Além do mais, o valor geralmente também compensa.

Fique ciente de que não vai dar para ver tudo em poucos dias: são muitas atrações. Então é bom dar uma selecionada baseando-se nas preferências pessoais. Claro que não dá para perder a Torre Eiffel e alguma coisa do Louvre (que realmente é enorme, não dá para ver tudo de uma vez) – leia-se a Mona Lisa – mas faça uma lista de prioridades. Para mim, o melhor museu é o D’Orsay, mas talvez seja porque eu sempre fui fã do Impressionismo. Já de arrondissements, o meu favorito é o Quartier Latin. Coma um crepe preparado na hora (que nem é tão caro assim) ou se der para gastar um pouco mais, coma numa típica brasserie e prove a rica culinária francesa. Uma coisa a ser considerada também é o clima. Quando estive lá cheguei a pegar 38 graus! Um sol e calor incríveis. Porém, uma noite choveu bastante – o que me disseram que é bem típico da capital francesa. Vá preparado para essas mudanças bruscas.

O que eu achei mais diferente de Paris comparado ao resto do que já vi da Europa é que ao contrário de outros lugares, quase tudo é grande: os largos boulevars, os parques, os museus e monumentos, tudo é de tirar o fôlego. Por exemplo, eu imaginava o Big Ben enorme, mas quando o vi não achei lá essas coisas. Já a Torre Eiffel é de fato imponente. Para uma experiência completa, o bom é passear pelo menos uma vez de noite também, para ver a Torre iluminada e a luzes da cidade, especialmente na área do Champs-Elysée.

Voltei renovada da viagem, e já pensando como será da próxima vez que estiver lá (só Deus sabe quando), nas coisas em que deixei de fazer e nas outras que quero rever.